
Saber articular
é saber envolver
Assinalar a comemoração dos
30 anos da Associação Portuguesa
para o Estudo Clínico da
SIDA (APECS) é para a Fundação
Portuguesa “A Comunidade Contra a
Sida” (FPCCSida) uma enorme satisfação.
Satisfação essa que se prende com
a congratulação do percurso realizado,
muitas vezes, lado a lado.
Falar da APECS é falar de envolvimento
da comunidade médica na abordagem à
infeção por VIH cuja missão visa contribuir
para a investigação clínica e microbiológica
da SIDA. Desde a sua génese, em
1991, que a APECS revela uma enorme
preocupação pela atualização de conhecimentos
dos seus associados e, por isso,
tem vindo a promover inúmeros eventos
e reuniões de natureza científica cujo objetivo
nuclear é a infeção por VIH. Essa
preocupação continua a ser fundamental
uma vez que, pese embora os resultados
epidemiológicos espelharem o alcance de
dados animadores, face às metas traçadas
pela ONUSIDA (90-90-90), ainda muito
trabalho há pela frente com contínuos desafios
para os clínicos e para a sociedade
civil com vista a chegarmos a ZERO – Zero
Novas Infeções, Zero Mortes relacionadas
à SIDA, Zero Discriminação.
Tal como em 1991, muitas das realidades
discutidas mantêm-se na atualidade: necessidade
de verbas suplementares, saturação
dos serviços, unidades de acompanhamento
e apoio domiciliário, apoio
das especialidades clínicas, entre outros
tópicos cuja resolução cabe aos deciso-
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DR.ª FILOMENA FRAZÃO
DE AGUIAR
Presidente do Conselho de
Administração e da Direção
Executiva da Fundação
Portuguesa “A Comunidade
Contra a Sida”
Desde a sua génese,
em 1991, que a
APECS revela uma
enorme preocupação
pela atualização de
conhecimentos dos
seus associados e,
por isso, tem vindo a
promover inúmeros
eventos e reuniões de
natureza científica
cujo objetivo nuclear
é a infeção por VIH