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envolver os doentes, aqui temos de nos dedicar a envolver,
nas atividades regulares, os sócios da APECS. Justamente
por isso, a Direção criou um alargado painel de grupos de
trabalho, para juntar um maior número de pessoas. A mim,
coube-me coordenar o grupo dedicado a uma área tão sensível
– e atual – que é a qualidade na prestação de cuidados de
saúde. O propósito é criar um leque de recomendações para os
profissionais de saúde, nos cuidados a prestar às pessoas que
vivem com VIH; práticas de qualidade dirigidas aos próprios
doentes; e critérios de qualidade também para as instituições.
O reflexo destas recomendações aponta, naturalmente, para a
qualidade de vida. E toda a informação resultante do grupo de
trabalho será publicada, de forma a poder ajudar os envolvidos
no processo, nas suas diferentes áreas.
Voltando atrás, olhando para a frente, que sinais se elevam,
ora no caminho percorrido, ora a marcar os novos passos
da APECS?
Houve claramente uma geração anterior que teve a visão de
formar a APECS. E dela somos tributários, devemos-lhe
essa ousadia. E isto é uma estafeta, uma passagem de
testemunhos. Aquilo que gostaria de transmitir aos nossos
pares que se seguem é a conjugação de vários indicadores.
A necessidade de compromisso, por um lado; ou seja, as
pessoas comprometerem-se com o trabalho, com objetivos
determinados. E, por outro lado, é fundamental que a
Associação consiga continuar a congregar, num processo de
adaptação a novos tempos, novos modelos, novos conceitos,
novas visões. Trinta anos depois, a infeção por VIH é outra.
E como tal, a APECS tem de assumir e refletir isso mesmo.
Encontrar novos caminhos resulta de estarmos a viver um
tempo de adaptação. E este é o desafio. Para a comunidade
científica e todos os profissionais de saúde.
E nada será como dantes…
Nem mais. Desde o tempo dos primeiros casos diagnosticados,
já lá vão 40 anos, até aos nossos dias, registou-se uma
evolução extraordinária. Nunca a ciência e o papel da
sociedade civil evoluiram tanto. E tão rapidamente. Tudo graças
à doença brilho intenso no olhar, mãos bem juntas a concluir.
Sim, não tenhamos dúvidas, o responsável por esse feito é o
VIH/SIDA.
Aquilo que gostaria de transmitir
aos nossos pares que se seguem
é a conjugação de vários
indicadores. A começar pelo
compromisso com o trabalho
e objetivos determinados. Para
isso, a APECS tem de continuar
a congregar, assumindo os
novos tempos, novos modelos,
novos conceitos, novas visões